domingo, 18 de agosto de 2013

Primeiros problemas

Como todo marinheiro de primeira viagem, muitas dúvidas rodeavam minha mente: como utilizar serviços bancários no exterior, seguro, entre outros. Fui ao banco diversas vezes, conversei com vários atendentes, mas, infelizmente, eles também nunca passaram por uma experiência no exterior e não são capazes de compreender nossa preocupação. E meu primeiro problema foi justamente com o banco.
Depois de enfrentar uma escala de 15 horas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde fui obrigado a gastar cerca de R$200,00 por motivo de sobrevivência. Ressalto aqui o abuso dos preços nos aeroportos. Uma refeição servida num pratinho de sobremesa e um copo de suco de laranja custam R$39,80. Um verdadeiro assalto. Para aguentar a escala de 15 horas paguei R$98,00 para dormir e tomar um banho.
Cheguei à Cidade do México com apenas R$150,00 na carteira. A primeira coisa que tentei fazer foi sacar algum valor em Peso Mexicano, pois certamente iria precisar de dinheiro. E então, a surpresa: não conseguia utilizar meu cartão em nenhum caixa eletrônico. Imediatamente pensei em procurar uma casa de câmbio e trocar os R$150,00 que me restavam e nenhuma casa fazia cambio de Real. Embarquei no voo para
Monterrey, sem nenhum valor em Peso, e quando aqui cheguei, outra surpresa: minha mala foi extraviada. Nada de desespero. A solução é procurar o guichê da empresa de viagens e tentar resolver o problema. Um momento como esse é uma prova que realmente nos comunicamos no idioma. Enquanto isso, encontrei uma casa de câmbio que aceitava nossa moeda. Foi o que me salvou. Em poucos minutos, minha mala foi localizada. Ficou na Cidade do México e me disseram que a trariam no próximo voo e que ia ser entregue em casa.
Em solo mexicano, agora eu acredito.
En suelo mexicano, ahora yo creo.
On mexican soil, I believe now.

Um aluno da universidade, conhecido como I-link, me buscou no aeroporto e me levou para a Casa Naranja, onde estou morando. Os alunos da  universidade prestam esse serviço aos intercambistas, nos ajudando no que precisamos. Eles são os I-links e nós os I-buddys.
Eu e David Caraveo, meu I-link.

Quando cheguei, devia estar fazendo 40 graus. Eu já sabia que essa época do ano faz muito calor aqui, mas experimentar a sensação é bem diferente do que apenas ouvir falar. Nunca senti calor como este no Brasil. Voltarei a falar do clima de Monterrey numa próxima postagem.

Vista aérea de Monterrey. Acho que dá pra imaginar o calor...

Quando chegamos na Casa Naranja, conhecemos três pessoas que já haviam chegado na casa e, agora são meus "roommates".  Logo em seguida, chegaram os proprietários da casa. Lemos o contrato e era necessário pagar adiantado. Expliquei o problema que ocorreu e me deram um prazo. Dois dias. Até segunda eu tinha que resolver esse problema.  Então, apenas com uma camisa e uma bermuda na mochila, o jeito foi esperar pela mala. Chegou tarde, mas chegou. Um banho gelado para aliviar esse calor e dormir. Nada mais para esse primeiro dia.
Ela chegou, estava dando uma volta na Cidade do México. Esperta!


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